domingo, 22 de novembro de 2009

Uma reflexão

Ultimamente, não sei se derivado ao cansaço, tenho andado mais deprimida. E naturalmente quando sinto "aquele" aperto no peito entro quase em pânico, não vá a depressão voltar. Por outro lado percebo também que poderá ser o facto de o natal estar a chegar. Eu adoro o natal, sempre gostei. A família reunida, o convívio a festa, as ruas iluminadas, tudo. Obviamente que com o nascimento da Nicole esse sentimento aumentou mas foi ligeiramente abalado com o divorcio. A ruptura da família que eu tinha criado para mim, o ter de abdicar da presença da minha filha nos dias que são importantes para mim em prol do equilíbrio dela. No ano passado não abri mão dela, aliás desde que me separei nunca abri mão dela. Este ano tenho vindo a mentalizar-me que a devo deixar ir, mas tenho muito medo do que isso me possa fazer. Tenho consciência que estou mais forte mas também sei o quanto fico perdida nos dias em que não a tenho comigo.
A minha relação com ele sofreu algumas alterações mas de momento está novamente "azeda". Houve uma altura que ele chegou a entrar lá em casa e até conseguíamos dialogar ao telefone mas foi tudo por agua abaixo quando ele foi chamado a tribunal. Penso que ele nunca se mentalizou que eu realmente tinha apresentado o incumprimento dele em tribunal.
O que é certo é que a pseudo doença dele passou rapidamente.
Sei que não há propriamente uma regra de quanto tempo se deve esperar até se recuperar de uma relação mas não consigo deixar de contar os meses. Já lá vão 2 anos e 8 meses. Não deveria eu já ter vontade de estar com alguém? Não deveria eu já estar emocionalmente disponível? Mas o que eu realmente sinto é que estou cada vez mais indisponível cada vez mais distante dessa dinâmica de relacionamento. A sociedade impõe o casamento, a sociedade olha de lado para quem vive sozinha, então quando há crianças ... Sinto isso bem de perto, parece que é do género: "coitada, tão novinha e com uma filha" , e o tempo a passar e mais um rotulo de quem ou não recuperou do desgosto, ou então é mesmo porque eu não presto. No entanto no que se refere ao homem já não funciona do mesmo modo. Mas afinal de contas em que sociedade medieval é que vivemos?

1 comentário:

IrisCairo disse...

Vivemos numa sociedade medieval que muda constantemente de máscaras! Tu tens uma filha, mas há quem não tenha, como eu e aí os comentários já são: Ai, coitada! Divorciada e sem filhos, deve ter algum problema! Também já vou para 3 anos de divórcio, mas o tempo é nosso amigo e há-de chegar o nosso momento de voltarmos a sonhar outra vez, só ainda não aconteceu, mas pode ser já amanhã! Vive o presente e pensa que não estás só. Hold on girl!!!