quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O inicio do fim...




























Hoje, passados já, 19 meses, renascida das cinzas, acho que consigo ter o discernimento de fazer um balanço claro e exacto do que se passou. Separei-me no dia em que a minha filha festejou o seu segundo aniversário. Ele quis que eu saísse de casa...e eu sai. Segundo ele diz, deixou de me amar, é claro que como "homem" que é, primeiro arranjou uma substituta. Hoje em dia nem sequer nos falamos. Ele diz que não consegue ter uma conversa comigo, e eu não consigo olhar para a cara da pessoa que destruiu tudo em mim.

Em Junho deste ano, deixei de tomar a infindavel lista de antidepressivos e calmantes que o meu psiquiatra me receitou. Foi à terceira tentativa mas consegui. Por recomendação médica ainda hoje os teria de tomar mas, cansei-me de ver o meu dia a dia sob uma neblina de calmantes. Hoje vivo para a minha filha, é por ela que me levanto todos os dias de manhã. Vivo aterrorizada por sentir que recai sobre mim toda a responsabilidade na educação dela. O pai, embora a venha buscar quase todos os fins de semana, não sinto que contribua muito para a sua formação. Tenho a preciosa ajuda do meu pai e da minha muito amada irmã e um super cunhado que estiveram sempre, sempre ao meu lado.

A razão que me levou a criar este blog, é muito simples, desabafo, e se calhar existe a remota hipótese de alguém ler aquilo que escrevo e esteja a passar por igual situação, e eu sou a testemunha viva de que, doí, doí muito um divorcio, principalmente quando ainda se ama, mas agente sobrevive.
















"Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
"quebrei a cara muitas vezes"!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi, e ainda vivo!
Não passo pela vida…
E você também não deveria passar!

Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" pra ser insignificante."

5 comentários:

Catwoman disse...

Doi muito sim, doi demais, eu sei que doi, mas passa, na vida tudo passa e pelo que li o pior ja passou para ti tambem, então agora é andar para a frente de cabeça erguida.Claro que maus momentos vamos ter sempre mas vão diminuindo com o tempo, acredita o tempo é o nosso maior aliado nesta situação. Bem vinda ao clube

Beijinhos e força

Kika disse...

Bem, comecei a ler este post e parece a minha história. Eu separei-me no dia em que o meu filho fez 6 anos...
O tormento tem sido grande, muitas foram as coisas horríveis que ele me fez passar, houve momentos em que achei não conseguir viver mais, porque não o esquecia apesar de tudo. Mas acredita, vais sobreviver a isto e um dia vais perceber que tudo aconteceu por uma razão e aí vais ser feliz. Eu acredito nisso!

nicole disse...

obrigado Kika

pelas tuas palavras, eu sei que sim, que um dia chegará a minha vez, entretanto, tenho de limpar as lagrimas,levantar a cabeça e seguir em frente, afinal, quem mais perdeu?!?!!??!

um beijinho e muita força para ti

Angela McCluskey disse...

Numa busca pelo google, procurando animar um colega passando por uma situação semelhante, acabei no seu blog. Vi sua foto, li o seu post, olhei de novo pra sua foto…Pensei, meu Deus, ela é tão linda…tão nova! Eu me divorciei a 9 anos. Minha filha hj tem 12 anos. Conheci meu marido com 17 anos, fiz planos de Cinderella, cavalo branco e tudo mais. Compramos terrenos juntos, construimos casa juntos, sempre trabalhei então, ao invés de ir fazer uma faculdade, gastei todo meu dinheiro em construção, uma casa linda, enorme… casamos depois de 5 anos e engravidei da minha filha. 10 anos investindo num relacionamento, que todos, menos eu, sabia que não daria certo. Eu tentei mudá-lo para e ser tornar alguém que eu queria. Eu queria uma fantasia, uma família linda num castelo, fazendo planos e se dedicando totalmente à família. Ele queria farra e amigos. Mas eu acreditava que um dia, ele daria valor a mulher que ele tinha em casa…bonita, inteligente, trabalhadora…etc. Até que um dia, eu percebi que eu era quem estava errada. Ele era quem ele era, não significava que ele ou eu estava certo ou éramos pessoas más. Éramos apenas diferente, sÓ isso. No entato, tanto eu quanto ele merecia ser feliz com a pessoa que tivesse personalidade semelhantes. Bom, claro que como fui eu quem sai do relacionamente, e homem nunca aceita isso, ainda mais homem brasileiro, ele não fez e ainda não faz minha vida fácil nenhum pouco. O processo do divórcio foi doloroso, eu sai da casa que demorei 5 anos construindo, só com meu carro e minha filha. O “homem com H” que ele era, nem se ofereceu pra sair e ter certeza que a nossa filha tinha um lugar pra morar. Ele ficou com tudo que compramos, e eu fiquei com minha consciência tranquila. Não precisava mais ficar até as 4 da manhã acordada, sem saber onde ele estava. No entanto, ser mãe solteira tb não foi uma tarefa muito fácil. Qdo perdi meu emprego, não tive apoio financeiro de ninguém, então decidi vir para os Estados Unidos com minha filha, um país estranho, com minha filha e minha mala nas costas. Trabalhei três empregos para ter certeza que minha filha estava morando numa vizinhança boa com escola boa. Me casei novamente faz três anos. Hoje tenho 36 anos e refiz a minha vida.
Moral da história: Cabe à você saber se um homem vale suas lágrimas e sua vida. Ninguém pode te menosprezar sem a sua autorização. Sua filha não nada a ver com o relacionamento de vocês. E você como mãe é a responsável pela formação dela como ser humano, pessoal e profissional. Não confie isso à ninguém. Você vai ser sempre o porto seguro dela…e vice-versa. Foque-se na sua filha, mas não deixe de pensar em você. Se ele te deixou, a perda foi dele e o ganho foi seu de se livrar de alguém sem caráter. Pense na porta que ele abriu pra você conhecer homens maravilhosos, cultos e com mais comprometimento com a família. Valorize-se para que sua filha tenha um exemplo de mulher forte a seguir e não caia no mesmo erro que você caiu, quando ela estiver pronto para um casamento. Ensine-a buscar valores em homens que tenham no mínimo uma faculdade e caráter.
Amiga virtual, você é linda e jovem, sua filha é linda tb…Vocês merecem um future feliz e brilhante!!!! Força e coragem! “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã
Um grande beijo!

Unknown disse...

Comecei a ler a sua viagem ao passado....e é a minha história...tal e qual....tou no início e tenho sofrido muito.
Também tenho 1 filho e tou sempre na esperança que, apesar de tudo o que me fez, volte para casa...tou sempre à espera....mas não sei se vale a pena!
Também o amo muito e não sai da minha cabeça....
A minha história é mesmo muito semelhante, principalmente na forma como pensava e caracterizava os seus sentimentos....parecia que era eu a contar a história...quem me dera que a minha tivesse um final feliz!
Obrigada pelo seu testemunho...afinal também há histórias iguais à minha...